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INTEROPERABILIDADE

Fim da Operação de Desintrusão da T.I Munduruku

  • Publicado: Quinta, 06 Fevereiro 2025 13:03
  • Última Atualização: Quinta, 06 Fevereiro 2025 17:47

Belém (PA) - Terminou a primeira fase da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku, no município de Jacareacanga, no Pará. O Comandante Militar do Norte,  Gen Ex Vendramin, esteve presente na Formatura de encerramento no pátio do 53º Batalhão de Infantaria de Selva. Na oportunidade evidenciou a vibração das tropas das Organizações Militares Subordinadas que contribuíram com o sucesso da operação.

Coube ao Exército a responsabilidade de oferecer o suporte logístico às agências governamentais que trabalharam para combater o garimpo ilegal na Amazônia. Dentre as atividades, foram montadas todas as instalações de hospedaria, assim como o serviço de filtragem de água, alimentação completa, transporte de materiais e pessoas, meios de comunicação via sinal satelital e atendimento de assistência à saúde.

A Operação durou três meses, porém para os militares este é um trabalho de quase 5 meses de atuação, como destacou o Tenente-Coronel Humberto, Comandante do 53ºBIS.  "Nós montamos uma base operacional para receber até 300 agente e mais um efetivo nosso permanente, de cerca de 100 militares. Isso gera um estudo muito grande para o deslocamento de toneladas de materiais, tanto na montagem quanto na desmontagem".

Durante a operação, foram transportadas mais de 543 toneladas de suprimentos via terrestre pela BR 230, a transamazônica, foram mais de 111 mil quilômetros rodados. “É uma missão que não é fácil devido as condições Amazônicas, de clima chuvoso, de infraestrutura e condições das estradas. Mas diante do nosso profissionalismo, conseguimos cumprir a missão sem nenhum acidente", destacou Gen Ex Vendramin.

Esta fase da Operação de Desintrusão da T.I Munduruku foi liderada pela Casa Civil do Governo Federal e  contou com uma força-tarefa composta por diversos órgãos federais, incluindo os Ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e dos Povos Indígenas, além do Exército Brasileiro, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, IBAMA, ICMBio, FUNAI, AGU, ABIN, Censipam, SECOM, ANAC, ANTT e ANP.

Desde o início da operação, em novembro de 2024, foram realizadas 523 ações de fiscalização e repressão, resultando na inutilização de 90 acampamentos, 15 embarcações, 27 máquinas pesadas, 224 motores e 96.130 litros de óleo diesel, além da apreensão de mercúrio e ouro ilegal. Multas aplicadas somaram R$ 24,2 milhões.

Alimentação e saúde foram essenciais para o bom desempenho da operação

O fornecimento de alimentos durante a Operação de Desintrusão era de responsabilidade do Exército Brasileiro. No total foram quase 60 toneladas de gêneros alimentícios fornecidos. "O primeiro desafio foi chegar na área e montar as instalações de forma adequada para armazenar e cozinhar os alimentos. Fizemos isso em cerca de 20 dias antes da operação começar", explicou o 2° Ten Guilherme, responsável pelo Rancho na operação.

A equipe de aprovisionamento serviu cerca de 55 mil etapas de refeições entre café da manhã, almoço e jantar. "Durante toda a operação não tivemos nenhum dia de falta de gêneros alimentícios na base. Todas as refeições foram garantidas com eficiência e na mais alta qualidade", complementou o 2° Ten Guilherme.

A prevenção para combater ocorrências de saúde durante este período em acampamento no município de Jacareacanga foi necessário redobrar os cuidados quanto a saúde de cada agente participativo da operação. Neste sentido, os militares da área de saúde montaram um Posto de Atendimento com um efetivo entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para a assistência emergencial.

Segundo a Terceiro Sargento Fernandes, que fazia parte da equipe, foram cerca de 200 atendimentos registrados, na maioria, ocorrências leves de corte e sintomas gripais. Os casos mais preocupantes foram quanto a suspeita de malária. "Devido estarmos numa região endêmica e com a ocorrência de chuvas, estava propício para a proliferação de mosquitos transmissores. Mas fizemos uma campanha forte, diariamente, incentivando o uso de repelentes e de higiene das barracas e arredores, o que contribuiu bastante para os baixos números de suspeita de malária durante a operação" ressaltou.

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